Sendo a Educação Infantil a fase
inicial da vida escolar da criança, necessário se torna que os profissionais
envolvidos neste processo - especialmente educadores - apresentem aspectos
condizentes à realidade em questão. Certas características devem ser
observadas ao se contratar este profissional e eticamente falando - ao assumir
a responsabilidade de se trabalhar com crianças. Foram elencadas abaixo vinte
dicas e características que um profissional deve ter para realizar
um trabalho prazeroso e significativo com crianças pequenas,
1- GOSTAR DE CRIANÇAS, é
imprescindível que o profissional goste de crianças , afinal nesta
fase elas exigem paciência e amor a todo momento.
Pressupõe-se que quem gosta de crianças, goste também de trabalhar com elas. O
trabalho com pequenos requer disposição, carinho, responsabilidade e uma energia
imensa proveniente somente de quem gosta do que faz.
2- AGILIDADE é uma característica de
peso considerável, pois a criança corre, pula, caí, levanta, descarrega
energia e se envolve em situações repentinas de risco, onde a agilidade
do profissional pode evitar acidentes graves com os pequenos.
3- BOM PREPARO FÍSICO, nesta fase a
maioria das brincadeiras são realizadas no chão, em rodas de
conversa ou em círculos programados para as atividades, para tanto o
profissional necessita de boa disposição física para sentar, levantar, pular,
engatinhar, enfim participar de todas as atividades que propõe à criança. Além
do que, os pequenos adoram presenciar adultos executando as mesmas atividades
que eles.
4- SER ÉTICO, assuntos relacionados à
instituição e suas famílias devem ser preservados. Nesta fase é comum crianças
comentarem intimidades das famílias - estes casos ajudam os profissionais a
conhecerem a realidade de vida da criança - e também alguém da família
procurar apoio , confiando seus problemas a pessoas que trabalham na
Instituição. Todavia, estes fatos somente poderão ser
comentados em casos extremos- a pessoas especializadas ( Pedagogos,
Psicopedagogos, Psicólogos e Assistentes Sociais) e com a aprovação da
Equipe dirigente da Instituição. Tratar aos colegas com respeito e
cordialidade, evitando brincadeiras desnecessárias e abusivas, afinal a criança
observa o professor e o imita a todo momento.
5- SABER OUVIR OS RELATOS INFANTIS,
nestes momentos o profissional poderá detectar possíveis problemas de várias
naturezas, pelos quais a criança poderá estar passando - ou até mesmo sobre sua
personalidade.
6- SER FIRME E AMÁVEL AO MESMO TEMPO,
a criança testa o adulto a todo instante e quando percebe que está vencendo, se
torna indisciplinada e resistente às regras de convivência. Porém, a
amabilidade deve ser cultivada, assim a criança se sentirá segura, afinal está
em um ambiente onde todos são estranhos a ela. Então, caberá ao educador conciliar
ambos aspectos, ponderando suas atitudes e conscientizando a criança sobre seus
deveres, sempre que necessário.
7- RECEBER BEM OS PEQUENOS E SEUS
FAMILIARES, os pais precisam se sentir seguros em relação ao local e às pessoas
em que estão confiando seus filhos. Portanto, o profissional deve recebê-los
sempre com cordialidade, esclarecendo suas dúvidas, tranquilizando-os em seus
anseios, se disponibilizando a atendê-los quando necessitarem e
utilizando estratégias que motivem a criança a gostar de ir para a
instituição.
8- SER CRIATIVO, o planejamento
pedagógico deverá nortear o trabalho do educador, todavia, poderá ser alterado
sempre que a atividade proposta não estiver despertando o interesse da turma,
para isso o profissional deverá ser criativo e tornar a atividade em
questão mais prazerosa ou até mesmo lançar mão de outra atividade. Elaborar um
plano de aula focado em situações cotidianas das crianças ou da
Instituição, encontrando ou criando músicas, histórias, jogos, atividades
e brincadeiras que enfatizem o tema do planejamento é uma ótima estratégia para
um trabalho diversificado.
9- QUERER APRENDER, a todo
momento surgem fatos inesperados quando o assunto é criança, e nem sempre o profissional
está preparado para resolver tudo o que acontecer, portanto, deverá ter
humildade para pedir ajuda e querer aprender com os mais experientes.
10- UTILIZAR ROUPAS ADEQUADAS, caso a
instituição não adote uniforme, o ideal é camiseta e calça de malha ou jeans -
mais largo - para não prejudicar o desempenho das atividades, e tênis ou
sandálias rasteirinhas. Roupas decotadas, saias, sandálias de salto, roupas
apertadas, transparentes, mini blusas ou tomara que caia devem ser evitados,
pois além de inibir o trabalho do profissional, desperta a tenção de pais,
colabores, profissionais e demais pessoas envolvidas no processo.
11- NÃO DEIXAR AS CRIANÇAS SOZINHAS,
ter consciência de que as crianças não podem ficar sozinhas em nenhum momento,
caso tenha necessidade de se ausentar do espaço onde se encontra com a turma,
peça a uma criança que chame outro profissional para assumir seu lugar
temporariamente. Um segundo sozinhas, os pequenos cometem atitudes inesperadas.
12- JAMAIS DÊ AS COSTAS ÀS
CRIANÇAS, ao falar com alguém na porta da sala - ou em qualquer outro espaço -
jamais dê as costas às crianças, em fração de segundos acontecem muitos
problemas sem que o educador esteja vendo.
13- TRABALHAR SEU TOM DE VOZ, não
falar em tom áspero, irônico e volume alto - assim a criança só
compreenderá suas solicitações quando as mesmas forem feitas com gritos. O
ideal é manter um tom baixo e calmo, todavia caso haja necessidade de uma
alteração, que não haja grito e sua mudança na tonalidade da voz..
14- GOSTAR DE MÚSICA, nesta fase a musicalização
é muito utilizada. O profissional deverá gostar, conhecer e querer aprender
mais e mais músicas, de preferência acompanhadas de gestos que ajudam muito no
desenvolvimento infantil.
15- SABER CONTAR HISTÓRIAS, sim pois
contar histórias não é ler o livro - é contar com emoção, despertando a curiosidade
e a imaginação da criança.
16- CONHECER AS ÁREAS DO CONHECIMENTO
A SEREM TRABALHADAS: Raciocínio lógico matemático, Linguagem oral e escrita,
Psicomotricidade, Áreas Perceptivas, Conhecimento Social, Áreas de
expressão artística e cultural, Valores Humanos, Religiosidade, Consciência
Ecológica e Conhecimento físico - elaborando seu plano de aula enfatizando
todas as áreas.
17- LER E EXECUTAR A PROPOSTA
PEDAGÓGICA E O REGIMENTO DA INSTITUÇÃO, assim o trabalho do
profissional terá embasamento teórico e sustentabilidade pedagógica.
18- SABER ELABORAR PROJETOS DE AÇÃO
PEDAGÓGICA envolvendo temas atuais, o trabalho com projetos facilita o
trabalho do educador, porém, estes projetos devem ser executados com
criatividade envolvendo temas de interesse das crianças e ao mesmo tempo
objetivando uma conscientização sobre o tema proposto. Os projetos devem ser
constantemente avaliados, caso contrário, não terão significado ao processo
educacional.
19- DECORAR E REDECORAR O
AMBIENTE SEMPRE QUE NECESSÁRIO, os olhos da criança se cansam com facilidade de
determinadas decorações, para evitar esta situação, o ideal é utilizar cores
claras, tons pastéis e desenhos acompanhados de paisagens, passarinhos, vales,
árvores e flores, pois acalmam os pequenos.
20- RESERVAR UM ESPAÇO NA SALA PARA
EXPOSIÇÃO DAS PRODUÇÕES DAS CRIANÇAS e convidar os demais profissionais da
Instituição, bem como os familiares dos pequenos, para visitarem a exposição de
trabalhos delas. Pode-se colocar um nome na exposição e um pseudônimo para o
autor da obra. Expor trabalhos nos corredores de entrada da Instituição -
de forma criativa, sempre identificados e relatando os objetivos- também
apresenta bons resultados.
É importante ressaltar que não
há receita pronta para se trabalhar em nenhum nível educacional, mas a troca de
experiências tem garantido excelentes resultados aos profissionais. Entretanto,
a chave do sucesso de qualquer trabalho consiste em gostar do que faz. Quando
se faz o que se gosta, as barreiras se tornam transponíveis e as amarras mais
frouxas.
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